Reedição de 62

A história do pleito sucessório do Ceará, em 1962, pouco conhecida das novas gerações, permanece, entretanto, bastante nítida na lembrança dos que acompanharam de perto aquele episódio que representou uma inimaginável reviravolta na política do nosso Estado. Em resumo, conseguiu-se unir os dois partidos de maior rivalidade do País – UDN e PSD, na chamada União Pelo Ceará. Só que, se essa união conseguiu pacificar adversários irreconciliáveis na Capital, o mesmo não ocorreu no interior, onde o candidato de conciliação, Virgílio Távora, teve que participar de comícios que eram verdadeiras comédias de Dias Gomes ou Ariano Suassuna, onde, muitas vezes, serviu de ‘’amortecedor”, entre udenistas e pessedistas em cima dos palanques. Pois é a este tipo de tragicomédia a que estaremos obrigados a presenciar no pleito deste ano, se lideranças situacionistas não encontrarem, enquanto ainda é tempo, soluções razoáveis para uma equação complicada que envolve 24 partidos que continuarão às turras em dezenas de municípios. Se em 1962, não foi possível reacomodar num só lado políticos briguentos em apenas dois partidos, imagine-se o que será necessário para satisfazer políticos de 24 partidos, muitos deles remoendo encrencas locais de dezenas de anos. Os mais otimistas, por conhecerem a realidade, argumentam que se tem sido possível reverter tantas quizílias entre as lideranças em mais alto nível estadual, poderá se fazer o mesmo com as lideranças interioranas.
O que não será nada fácil, sabendo-se que essa turma já está pensando no pleito de 2020.

Grande chance Para o deputado Audic Mota (PDT), primeiro-secretário a AL, os prefeitos do Ceará terem nova chance para debater e unificar os seus problemas e projetos, com intercâmbios de propostas no Seminário Municípios do Ceará – 2018, nos dias 04 e 05, no Centro de Eventos do Ceará.

Perdendo mandato”. Três vereadores de Fortaleza abusaram da “janela” partidária sem motivo justo e podem perder o mandato: Célio Studart, Cabo Noélio e Julierme Sena. Com base em parecer do Procurador Eleitoral Tahim Filho.

Bem na foto . Para observadores, se mantiver o equilíbrio e a firmeza nas negociações, com posição firme no caso dos caminhoneiros, o senador Eunício terá o respeito de milhões de brasileiros.

Mentira . Na base do “se colar”, petistas alardearam ter conseguido do reitor Henry Campos, licença para evento político no Auditório da UFC, logo desmentido pela Reitoria, que não é reduto partidário.

Engolir . Só um exemplo da pândega na política do Ceará.
O Solidariedade que fechou com o governador Camilo, vai ter que engolir o deputado Heitor Férrer, que vem se constituindo espinho de garganta.

Cicerone .
Por conhecer melhor Fortaleza, o deputado Capitão Wagner será sempre “cicerone” do general Theóphilo nas andanças pela Capital.
Ele foi crucial na vitória de Eunício na metrópole no pleito de 2014.

Alertando . As autoridades civis e militares do Brasil, que enfrentam a greve em andamento, lembrem-se; foi uma greve de caminhoneiros que desestabilizou e ajudou a derrubar o governo de Allende, no Chile.

“Nenhum réu, potencialmente inocente, necessita de mais de um bom advogado para promover a sua defesa”. Ministro Luiz Fux, presidente do TSE.

Fonte: O Estado