Na primeira sessão do ano da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Heitor Férrer (PSB) lamentou a escalada da violência no estado do Ceará e criticou a ineficácia das ações do governo Camilo Santana em segurança pública.
Segundo o deputado, o atual governo segue o mesmo modelo fracassado de Cid Gomes nas políticas de Segurança Pública. Heitor destacou ações feitas durante a gestão Camilo, como aumento do efetivo policial e a construção de novas delegacias, mas que não impediram que o Ceará batesse recorde de violência em 2017, com 5.134 assassinatos, uma média de 15 por dia. “Isso é um certificado de ineficiência das políticas de segurança pública no Ceará”, afirmou.
Heitor Férrer relembrou que o ex-governador Lúcio Alcântara entregou o governo com o índice de 1.776 homicídios por ano, enquanto o ex-governador Cid deixou o cargo com o número de 4.439 homicídios por ano, um percentual de 149% a mais, mesmo tendo feito concurso para a Polícia Militar, aumentando o efetivo de 12 mil para 16 mil policiais, e lançando o programa Pró-Cidadania de combate à violência nos municípios.
“Não vamos ter paz enquanto não se der condições de cidadania aos jovens. Quando o Poder Público se omite, a juventude fica vulnerável e é cooptada pela tráfico e pela droga. Para muitos dos que estão hoje na criminalidade o Estado nunca se apresentou na forma de saúde, educação, moradia, emprego e renda. Só se apresentou na forma de polícia, promotor, juiz e cadeia”, disse.
Heitor Férrer também criticou as investidas do governador de trazer reforço da Força Nacional e do Exército Brasileiro para o Ceará. “O Exército e a Força Nacional já estão dentro do Rio de Janeiro há 5 anos. Isso não impediu que bandidos fechassem a Linha Amarela ou que duas crianças morressem hoje vítimas de bala perdida”, pontuou.
O deputado reforçou a declaração da secretária de Justiça, Socorro França, de que no Ceará, o governo “enxuga gelo” no combate à violência.
“A fórmula adotada não resolve. O Ceará enxuga gelo com políticas que não conseguem resolver o problema e o resultado é muito palpável. Ou se adotam políticas públicas que quebrem os mecanismos geradores da violência ou vamos nos perpetuar nessa violência”, concluiu.