Em mais uma live promovida pelo O Otimista com os pré-candidatos a prefeito de Fortaleza, o deputado estadual Heitor Férrer (SD) defendeu ontem a qualificação dos gastos com a saúde pública, integrando investimentos outras áreas da gestão pública. “O conceito de saúde pública é (também) esgotamento sanitário, emprego e renda, moradia digna, lazer… se você não compõe a saúde com esses itens, você vai gastar muito com médico e enfermeiro”, aponta Férrer.
De acordo com o pré-candidato, a atua gestão municipal gasta o dobro em saúde do que fixa o mínimo constitucional, mas, segundo ele, os recursos deveriam extrapolar os custos com hospitais e consultas.
“Lobo solitário”
Heitor Férrer também disse se sentir solidário na política, apontando que sempre teve dificuldade em fazer alianças. “Eu tenho dificuldade em fazer grupos, eu sou um lobo solitário. Eu não tenho um partido robusto. Sempre tive pequenos partidos”, ressalta. Segundo ele, ao buscar apoios, sempre foi questionando sobre o que ofereceria em troca da aliança. “Eu não tenho nada além da minha dignidade”, pontuou.
Apesar da postura isolada, o pré-candidato reconheceu a importância de o Poder Executivo dialogar com o Legislativo. “Quem achar que vai aprovar projetos, Orçamento ou qualquer coisa sem diálogo com o Parlamento está muito enganado”, salienta. “Tem que tratar todos de forma republicana”.
O deputado também evitou entrar no dualismo entre os que criticam e apoiam o Governo Bolsonaro. Ele explica que tem buscado fugir dessa dicotomia de ser chamado de fascista ou comunista, articulando uma “candidatura do meio” e “longe dos extremismos”. “Se a gente tivesse a opção dos candidatos avulsos (sem partidos), provavelmente eu seria um desses candidatos”, disse, acrescentando que está em diálogo com dois partidos para negociar a escolha de um possível vice para a sua chapa.
Férrer disse concordar que a campanha desse ano fosse centralizada nas redes sociais, com isonomia para todos os candidatos. “O ideal é que fosse através desses mecanismos que a população pudesse escolher seus candidatos”, opina.