Lamentamos nesta terça-feira (26), durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, a necessidade de criação de programas assistencialistas para amenizar o sofrimento da população. Tais medidas são uma comprovação de que as políticas públicas que possibilitem uma melhor distribuição de renda são mal construídas em todo o país, como por exemplo, no Ceará, a criação do programa Mais Infância, que disponibilizará 85 reais por mês a cada criança de 0 a seis anos.
Lamentavelmente o Ceará precisa disso. Eu jamais votaria contra o programa, pois o momento exige que se dê. Mas isso é uma esmola oficial que o governo dá às crianças miseráveis do estado. Tem-se demonstrado ao longo da nossa história que isso não resolve o problema. O que evolui o país é uma melhor distribuição de renda feita através da capacitação da nossa população. Não é dar o peixe ao invés do anzol. É dar ao cidadão um olhar para o futuro com uma formação de qualidade.
Enquanto comemoramos um crescimento do PIB cearense maior do que a média do Brasil e do Nordeste em números percentuais, o estado é ainda a segunda pior renda nacional. Isso reflete a falta de qualificação da nossa mão de obra. É onde o PIB não chega. A riqueza só vai para quem já tem.