O governador Camilo Santana, cujo equilíbrio têm sido uma das razões do seu sucesso político, não poderia ter evitado o confronto entre o senador eleito Cid Gomes e os militantes do seu partido. Deu a ele o lugar de honra da solenidade, fazendo-o o primeiro orador, a quem caberia dar o tom do encontro desempenhando o papel de grande líder. A reação de Cid Gomes às provocações foi despropositada, incompreensível para quem deveria fazer um pronunciamento de convocação aos petistas. Faltou tudo ao ex-governador. Paciência, equilíbrio, bom senso e a experiência dos grandes políticos. Foi infantil no enfrentamento com ativistas, que esperavam dele apoio ao seu candidato e não cobranças que os petistas queriam esquecer. Ao falar em corda em casa de enforcado, acendeu o estopim da explosão que se viu a seguir. O pronunciamento foi algo desagradável do começo ao fim. Não cabia dureza naquela momento e muito menos aceitável foi à sequência decepcionante da sua fala. Do episódio sobrou a ameaça de uma ruptura PDT-PT, que só traria perdas a gestão de Camilo Santana, sobre a qual já paira a sombra de uma a vitória de Bolsonaro, de quem é antagonista.
Bom pensador. Está na agenda do senador eleito Eduardo Girão um encontro com Beto Studart, a quem considera um dos melhores pensadores do atual momento cearense, face ao equilíbrio e conquistas da sua gestão à frente da Fiec. Empresário, Girão preocupa-se com a criação de empregos. Diz que não é político, mas está a serviço da política como representante do Estado no Congresso, abraçando iniciativas que possam abrir novas perspectivas para desenvolver a economia cearense.
Orçamento
O presidente da Assembleia Legislativa, recebeu do titular da Secretaria do Planejamento, Maia Júnior, a cópia do projeto da Lei Orçamentária Anual do estado, para 2019, que será de R$ 26,4 bilhões. Segundo o deputado Zezinho Albuquerque, dada a importância, a matéria terá tratamento prioritário na casa. Ao entregar o documento, Maia Júnior deu uma boa notícia: o orçamento-será um pouco maior que o de 2018, com correções na receita e dentro da realidade de inflação e crescimento econômico.
A oposição tem dono
Uma bancada a prova de fisiologismo. Essa é a esperança do deputado Capitão Wagner para enfrentar o rolo compressor do Governo na Assembleia Legislativa. Vamos partir com uma representação de novos valores que demonstraram o interesse de trabalhar a favor do Ceará e não de se arranjar, como tem sido habitual, na renovação do parlamento. Faremos reuniões pra discutir, semanalmente, a pauta de assuntos em consonância com a bancada federal.
Mesa . Esfriou no calor da eleição, mas já começa a ser agitada a sucessão da mesa diretora da Assembleia Legislativa, com nomes de peso. Tem gente nova querendo.
Muita gente . Ontem, em almoço de congraçamento no Rasco Steakhause, desfilaram os principais nomes citados para presidente, entre outros, José Sarto, Tin Gomes, Salmito e
Queiroz Filho.
De fininho . Em meio a todos os comentários sobre a sucessão da mesa, o presidente Zezinho Albuquerque, que, como sabemos quer novo mandato, despista: é cedo para tratar desse assunto.
Outra visão . Enquanto “ferve” a política, o presidente da Fiec, Beto Studart colabora, com o governador Camilo, a quem entregará no dia 24 a Rota Setorial da Segurança Pública para o Ceará.
“Caixão” . Roberto Mesquita analisa Cid Gomes. “Ele foi eleito governador pelo o PT, mas fechou, com o seu pronunciamento, o caixão da candidatura de Haddad”.
Decepção . Na tribuna da AL, o deputado Heitor Férrer (PSB) atribuiu à falta de compromisso de governantes a decepção da população com a classe política de muitos bons candidatos.
Sem lado . Em sua indignação com os rumos que tomou a campanha eleitoral, Renato Roseno (PSOL), adverte: seja quem for o presidente eleito no dia 28, ele será opositor.
Perda . Evandro Leitão, líder do governo na AL, só a partir de 2019 os cearenses irão avaliar a perda do nosso estado, com a derrota do senador Eunício.
Fonte: oestadoce