Lamentamos, na tribuna da Assembleia, nesta terça-feira (17), que o crescimento econômico do estado não resulte na aplicação de recursos em políticas públicas que levem à melhoria da qualidade de vida do cearense. Enquanto a economia do Ceará cresceu 1% acima do Nordeste, metade da população cearense ainda se encontre na linha da pobreza. Isso significa que quando a economia cresce, ela cresce para os mesmos. A concentração de renda continua a ser mais perversa ainda. Essa é a lógica do crescimento do estado do Ceará. A renda média do cearense não chega a um salário mínimo e só é mais alta do que nos estados do Piauí, Maranhão e Alagoas. Isso reflete a falta de investimentos do governo em políticas públicas que busquem melhorar a qualidade de vida da população mais pobre, sendo esse ponto de partida para a situação de violência que o estado vive hoje. É uma tragédia. É por isso que temos de exigir dos governos políticas públicas que desmontem esse status quo. Não há como essas pessoas excluídas não descambarem para a violência. A vida que tem, sem moradia minimamente digna, leva ao desespero, à desesperança e à droga, criando uma sociedade marginal.