Lamentamos durante nosso pronunciamento na Assembleia Legislativa o corte de 10% das verbas destinadas à saúde pública do Ceará. A medida irá redundar no fechamento do setor de neurocirurgia dos Hospitais Regionais de Sobral e do Cariri, além do centro cirúrgico do Hospital Geral Waldemar de Alcântara, como informamos na semana passada. Nós vamos imputar aos cearenses que precisam do serviço público uma pena de morte oficial. Quando se atende em Sobral e se deixa de atender, o destino é Fortaleza e os nossos hospitais já não suportam mais porque não têm como atender essa demanda. Essa matéria, que já foi publicada no Diário Oficial, tem que ser revertida. Não podemos permitir que o Governo trate a saúde como um gasto. Isso é uma necessidade, um direito constitucional e um dever do Estado. O governo Cid Gomes continuado agora no governo Camilo não elegeu as prioridades dos cidadãos. A prioridade não é a Casa de Peixe, o Centro de Formação Olímpica, a compra da carcaça de ferro velho que é a usina de Barbalha. Esses milhões estariam tirando o sofrimento dessas pessoas. Não estaríamos aqui pensando no sofrimento do fechamento do setor de uma unidade hospitalar porque esses recursos dariam para manter o custeio desses hospitais. Essa inversão de prioridade dos nossos governantes leva ao sofrimento da população mais carente. Aqueles que necessitam do serviço público encontram nas filas dos nossos hospitais a morte precoce decretada pelo estado do Ceará.