No primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (04/02), o deputado Heitor Férrer (PDT) apontou a falta de investimentos do Governo do Estado em relação ao combate às drogas no Ceará. Segundo o parlamentar, o maior problema da violência no Estado é gerado pelas drogas. “A droga é a maior causa da violência, mas o governador só quer tratar a conseqüência, com a compra de viaturas caras e a contratação de soldados”, criticou.
O deputado destacou que a pasta de Políticas Públicas sobre Drogas, criada pelo Governo e assessorada pela ex-procuradora de Justiça do Estado Socorro França, não tem verba para combater a problemática das drogas. “Cid convidou a Socorro França para dar credibilidade à pasta, mas esta não é abastecida prioritariamente com o dinheiro público”, disse.
Segundo Heitor Férrer, em 2013 o Ceará gastou menos de 0,1% com políticas de combate às drogas. “O governador gastou apenas R$ 722 mil, segundo uma matéria do jornal O Povo, com o combate às drogas. Essa falta de investimento é um fracasso”, apontou.
O parlamentar salientou que o Governo Cid Gomes foi marcado positivamente pela construção de escolas profissionalizantes e Upas, mas também foi marcado pela falta de paz social. “A violência no Ceará é pixilinga dentro de pombal. Segundo os jornais, a cada duas horas se mata uma pessoa no Estado e isso também é marca do Governo”, frisou.
Em aparte, o deputado Welington Landim (Pros) defendeu que existe uma preocupação do Governo em combater as drogas e tratar os dependentes químicos. “Foi criada uma secretaria especial para debater esse assunto e nós devemos também discutir temas ligados às drogas, como as internações compulsórias”, disse.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) afirmou que o Governo equipou a segurança pública e investiu no enfretamento à violência. O parlamentar lamentou a ausência de Heitor no encontro dos parlamentares com o governador no Palácio do Governo e ressaltou que também é obrigação do deputado dialogar com o governador. “Ontem Heitor não estava presente no encontro dos deputados com o governador, mas questionar e cobrar são obrigações do parlamentar”, ressaltou.